sábado, 1 de maio de 2010

Muito, pouco. Tudo

Eu não sou como ela. Muito nos diferencia.
Mas eu vejo nela, um pouco, ou talvez até muito de mim.
Ou seria melhor dizer que vejo muito dela em mim?
Essa fase de ir dormir chorando. Essa coisa toda de ficar um dia todo só pensando em como vai ser quando a noite chegar, e se encontrar com ele.
O que sera que ele vai dizer hoje? O que será que ele ta fazendo nesse momento? Será que ele tá conversando com outra? Será que ele ta dando bola pra ela?
Sera que ele gosta de mim, do jeito que gosto dele?
Eu gosto tanto dele. Eu morreria sem ele.
Eu ja passei dessa fase. Já passei por tudo isso. Ja joguei esse jogo. Ja perdi muito, nesse jogo.
Mas ganhei muito também. Ganhei sabedoria, e hoje sei que não devo mais jogar.
E o mais importante: quando eu perdi, quando eu o perdi, eu descobri que continuaria vivendo sem.
Ele era só alguem. Alguem que amei demais. Alguem que foi incapaz. Alguem como qualquer outro alguem pode vir a ser.
Ele não era o meu ar, e eu não precisava dele.
Eu achava que precisava. Só isso.

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