terça-feira, 14 de setembro de 2010

Hey, namorada desintoxicação.

"Use sua imaginação [...] Ei, namorada desintoxicação. Estou em minha caixa de chucrute, preso aqui em minha penitenciaria de tinta. [...] Eu te amo mais do que..."
                              De uma carta de 1992 de Kurt Cobain para Corurtney.


Mas que dia especial, não? Tive que interromper tudo o que estava fazendo para postar. E eu juro por Gene Simmons que esse será o post mais especial que farei em toda a minha medíocre vida. E não costumo jurar em vão, quem não sabe disso?
Antes de mais nada, deixa eu contar que musica estou ouvindo: You Can Let Go - BSB.
Yeeeeeeeeeeep, estou ouvindo essa merda pela incontável vez seguida. E pra dizer a verdade, foi isso que me deu vontade de escrever esse post MEGAESPECIAL de 14 de Setembro.
Ahh, Setembro. Que mês lindo do cacete. Até suspiro, só de estarmos em Setembro.
Como se isso fosse verdade, haha'
14 de setembro. Que dia de merda. Sim, é isso que eu acho. Me traz lembranças de um passado bom, que acabou mal. Pra mim, pelo menos.
Ah, esse divórcio homérico é uma grande chateação.
Já notou que quando as pessoas tolas se separam, sempre dizem que ainda podem ser amigas?
Ah, não podem, fala sério. Eu acho que isso é coisa de gente babaca. E é por isso que não quero sua amizade. Não sei o que fazer com ela. Não me tem serventia. E eu falo sério.
Então, resolvi nesse dia especial, ouvir, e dizer que você pode deixar. Sim. Você pode deixar isso tudo pra tras. Deixar de fingir que se importa. E deixar de pensar que pode vir e fazer tudo ficar bem, tanto quanto era antes, sabe porque? Porque você não pode! YES, YOU CAN'T. haha'
Simplesmente porque o que era antes, ficou no antes, e não se pode voltar atrás. E nem que pudessemos. O que ficou pra trás, faz parte do passado. O passado já foi. Você já fez dele uma merda. Não te culpo. Mentira, eu te culpo. Mesmo que você diga que me chatear era a ultima coisa que queria na vida. Yeeeeeeep, eu olho pra trás com muito rancor. E Nooooop, não consigo fazer diferente. Não agora, e não sei se conseguirei um dia. Sim, sou assim com todos que me machucam. Mesmo que seja coisa pequena, o que não foi o seu caso. Eu SEMPRE desejo o dobro. E se você vier me dizer que não importa, e que me deseja tudo de melhor, vou dizer que é o minimo que eu espero, depois de tanto mau que me causou. Direi também que fico feliz em saber que você deseja minha felicidade, e que acima de tudo, isso não minimiza os danos que me causou. Simplesmente não muda nada. Não tem nada que você possa fazer. Não agora. Você já teve muitas infinitas oportunidades.
Você devia ter prometido menos. Você não devia ter prometido nada, se não sabia se poderia cumprir.
Ah, como eu odeio promessas quebradas. Por isso que só prometo o que sei que posso e vou cumprir. Você deveria ser como eu. Não se parece nada comigo. Nem sei porque fui gostar logo de você.
Eu nunca disse que seria a pessoa certa pra você, por mais que eu seja. Eu sei que sou. E sei que é verdade quando digo que ninguem jamais vai amar você da mesma forma que eu amo. Amo sem ter nada em troca. Só por amar. Mesmo que seja contra minha vontade.
E agora eu sei que você é que não é a pessoa certa pra mim. Eu só preciso aceitar isso. Aprender a conviver com isso. Saber que tudo o que eu passei até agora, foi perda de tempo. #wastedtime.
Ahh, como eu odeio perder tempo. Algo que nunca podemos recuperar ):
Desilusões paranoicas assombram você? Me assombram regularmente. Você disse que nunca me decepcionaria. E eu ainda acredite. Burrice, eu sei. AUHSUHAUSHUAS
Mas agora eu aprendi, que não devo mais perder meu tempo.
Namorada desintoxicação, faça-a desaparecer. Eu preciso me livrar desse vicio, dessa mania de pensar que preciso de você. Porque eu simplesmente não preciso. Eu estava em paz quando você chegou.
Eu nunca pensei que isso chegaria tão longe, quanto chegou. Mas, agora é hora de por um final, certo?
Coma sua amizade no café da manhã desse dia mais que especial para nós. Você consegue olhar para sí mesmo quando pensa no que deixou pra tras?
O melhor dia da minha vida será aquele que eu acordar sem pensar em você.
Sem mais. Feliz dia quatorze de setembro. Que seja doce, esse novo adeus. Fique em paz.

Parte 2 - Sobre o Fim.


Lembro-me dela dizendo: “Não. Não aqui. Não agora. Não quero ter que me lembrar disso toda vez que olhar pra cá, da janela do noss... Do meu quarto. Não quero lembrar sempre, do dia em que você terminou comigo no mesmo lugar onde nos conhecemos. No lugar onde tudo começou. Tudo está acabando agora e eu não consigo entender... Eu só queria saber o porque, Edu. Por que?”
E então ela chorou, e me colocou pra fora do noss... Seu apartamento. 
É claro que eu não lhe disse o real motivo. E desapareci por semanas, meses. E quando liguei para saber se estava tudo bem, ela apenas chorou, e disse "não me ligue mais, já basta o mal que me causou".
Então eu percebi o quanto ela sofria. E também me perguntava todos os dias: "Por que?"

E agora, estou sentado no mesmo lugar. Onde tudo começou. Onde muita coisa aconteceu. Onde tudo terminou. Sentado na mesma areia, debaixo do mesmo céu estrelado, encostado na mesma arvore e olhando em direção ao seu prédio, no terceiro andar. No seu andar. E ela está lá, sentada na varanda. Talvez esteja olhando a lua. Alice sempre gostou de noites assim, quentes e estreladas. Talvez seja por isso que decidiu morar em frente à praia. Está linda como sempre. 

E agora, diante disso eu posso ver que fui um tolo. Não, na verdade eu sempre soube que era um verdadeiro babaca, mas deixar Alice foi a MAIOR babaquice que eu já fiz na vida. Ela sempre foi perfeita pra mim. Ela era doce, meiga, engraçada, sempre estava bem humorada, agüentava minhas chatices, e pra isso você tem que ter uma certa vocação, diga-se de passagem. Eu não tinha motivos pra terminar. E achava que também não tinha motivos pra continuar. Estávamos juntos a três anos, e quando descobri que tinha câncer achei melhor esconder isso dela, e terminar o namoro. Eu não queria comprometer sua vida. Logo surgiriam idéias de casamento, e o que ela faria com um marido que de uma hora pra outra pode não acordar? Ou até pior, se eu não morresse de uma vez, Alice corria o risco de ter que me acompanhar em meus piores momentos. Teria que me acompanhar na quimioterapia, acompanhar todo o processo, me ver fraco e com o cabelo caindo. Eu não queria isso, Alice não merecia isso. Também não merecia que eu terminasse o namoro com uma simples frase: “apenas não gosto mais de você”. Eu fui cruel, e agora me arrependo. Mas preferia que ela me visse como o babaca que a perdeu. E não que ela se lembrasse de mim e começasse a chorar em lembrar da minha imagem em uma cama de hospital.

Não acho que Alice ia me querer de volta. Eu não ia querer se fosse ela.
Mas a verdade é que só com ela eu fui realmente feliz.
E agora?
Agora eu só consigo me lembrar dela me dizendo pra ir embora e nunca mais aparecer na frente dela.
Fui obediente até hoje, um ano depois do termino do namoro. E é engraçado perceber que mesmo um ano depois, parece que foi ontem. 



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Parte 1 - Sobre Edu.

Quando eu era criança, eu costumava ler muito. Eu adorava histórias, verdadeiras ou não. Sempre estava pronto pra ouvir e contar uma boa história.
Com uns dezessete anos, comecei a ler, obrigatoriamente, livros de literatura brasileira. Particularmente eu não gostava muito. Eram confusos, com uma linguagem bem diferente, e toda leitura obrigatória é uma leitura desagradável.

Um dos livros que li foi de Machado de Assis. Era o escritor que eu mais detestava, devido à forma dele escrever seus livros. Pelo menos os que eu li, os acontecimentos não tinham ordem cronológica.  No primeiro livro, ele começava contando sua historia pelo final. No segundo livro, os acontecimentos eram todos bagunçados. Parecia que ele ia tendo idéias e escrevendo, de qualquer jeito. Mas quem sou eu pra criticar Machado de Assis?


Pois bem, esqueci de me apresentar, mas aproveitando esse momento, vamos falar do Edu.
Edu é um cara simpático, bonito, engraçado. Mentira, ele não é tudo isso. É só metade.
Mas sim, ele é simpático, engraçado, piadista. Alguns dizem que ele é bonito, mas... Isso depende de quem vê. 
Ele é assim... Um cara mediano, braços fortes cobertos por tatuagens, moreno e de olhos claros.  Não é um Brad Pitt, mas... Não é de se jogar fora.
Haha' Eu esse cara! Me chamo Eduardo. Carlos Eduardo. Com trinta anos, descobri que tinha câncer no pulmão, fumei desde os doze anos, sempre soube dos riscos, e não fiquei tão surpreso assim quando soube de minha doença. Estando aqui (nesse maldito hospital), sem nada pra fazer, gosto de inventar histórias. Costumo dizer que tudo aquilo que invento fez parte do meu passado, mesmo que não tenha sido real. Nem sempre as escrevo, às vezes eu não tenho tempo. Mas essa historia que vou lhe contar agora, merece qualquer parte do meu tempo para ser partilhada.



E voltando a falar de Machado de Assis, critiquei muito seu trabalho, enquanto era apenas um leitor desgostoso por ter que ler suas obras de uma maneira obrigatória, mas agora, vou fazer o mesmo que ele: vou começar a minha historia pelo final.

Entre minhas idas e vindas do hospital, eu sempre via minha vida como um filme, você realmente começa a pensar em tudo o que te aconteceu durante sua vida toda quando descobre que tem uma doença terminal. Tenho vários momentos como capítulos preferidos, mas o escolhido pra contar é o maior período, e talvez seja o mais doloroso. 

Mas agora vou começar a contar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Don't look back...

Agora eu sei bem como é olhar pra trás e não conseguir se enxergar. Eu olho pra trás, agora, e não consigo entender como pude.
Eu podia ter aproveitado mais. Eu podia ter feito tanta coisa que deixei passar por me importar demais.
Me importar com aquilo que não deveria fazer diferença.
E sabe, agora, não faz importância. Mas só agora.
Eu me arrependo tanto. E eu odeio me arrepender. Arrependimento é algo tão inútil.
Me arrependo das coisas que eu disse. Me arrependo de ter amado demais.
Ter amado mais que tudo. Por que só agora eu vejo o quanto errei? Só agora, que tudo não passa de apenas promessas quebradas. Juras em vão. Conversa fiada. Pedaços de [uma dúzia de] papel rasgado. Escritos à mão. Tempo perdido. 
Por que agora eu tenho que olhar pra trás com tanto rancor? Por que você me traz tanto rancor? Por que você ainda me faz sentir alguma coisa? Por que você apenas não me deixa esquecer?
Você poderia pelo menos não olhar pra trás. Nem se for uma lembrança boa. Apenas me esqueça. Você consegue. E tire esse olhar do rosto, porque você jamais vai queimar meu coração. Apesar de tudo.Ao final de tudo. O mundo não me deixa te evitar. Não me deixa não pensar. Não lembrar.


Enquanto a gente caminhava por aí, a alma dela deslizava. 
"Mas não olhe para trás com rancor". Ouvi você dizer.
Ao menos hoje.

sábado, 11 de setembro de 2010

And your permission is all I need to heal.

Sera que meus demonios estão realmente livres? É que eu apenas não sinto isso.
Já estou farta de tentar me libertar de você.
Sério.
O que será que eu tenho feito de errado? Venho errando todo esse tempo?
Será que é besteira, querer tirar você de mim?
Eu sei que, acordo de manhã, e tudo volta para você. E eu inspiro e expiro, e isso volta pra você. E o fim do meu caminho volta pra você.
Tudo acaba em você.
Já não sei mais do que eu preciso pra me curar.