sábado, 1 de maio de 2010

Coisas que perdemos pelo caminho.

O caminho é longo. Algumas coisas a gente perde por ele, e algumas outras, devem ser deixadas para trás.
No meu caminho, creio que perdi muitas coisas. Primeiro, pensei ter perdido você.
Mas depois me disseram que você, pra mim, era excesso de carga. Me disseram que eu teria que me livrar de você, que era tempo de me livrar daquilo que eu não precisava.
E então eu sempre dizia que era uma tarefa nada fácil, deixar você pelo caminho. Era uma decisão que eu tinha de tomar. 
E eu tentei. Tentei por muitas vezes.
Mas quanto mais eu tentava, mais eu tinha você em mim. Você era como parte de mim.
E então, no instante em que eu me carregava, eu te carregava. Comigo.
Até que eu parei de me preocupar comigo, e passei a me preocupar somente com você. Nem parecia que meu peso era alguma coisa. Eu só sentia o seu peso.
Foi quando eu parei pra pensar se me importava mais comigo, ou com você. 
E foi quando eu descobri que tinha me esquecido de mim. Tinha me esquecido de viver.
Percebi que era melhor mesmo, te deixar pelo caminho. 
E te deixando pelo caminho, eu perdi aquela necessidade de você. De te ter por perto. De te ter em mim. 
E hoje vejo que não faz diferença. Simplesmente não faz diferença. E me sinto mais leve. Muito mais leve, pois carrego só a mim, nesse caminho. 
E foi aí então que eu descobri o sentido daquela frase: A vida continua sem você, e meu mundo não para de girar quando você não está aqui. 
Não vou dizer que não sinto sua falta nem um pouquinho. Seria mentira. Mas já não é como antes.
Nada mais é como antes.
E talvez, de tanto deixar uma parte de você em cada esquina que virava pelo meu caminho. Acabei te deixando pra trás, por completo.
Acho que comigo, não sobrou nada de você.

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